Maximu's Forge (FECHADA PARA NOVOS PEDIDOS)

Mais uma vez, lá estava eu quebrando a cabeça para consertar o rádio antigo de um campista. Eu sei, pode parecer estranho um filho de Hefesto ter dificuldades com algo tão banal como um aparelho de som. Porém, aquele 'radiozinho' tinha sido amaldiçoado pelo meu próprio pai divino - provavelmente por alguma merda que o indivíduo fez - e agora cabia a mim tentar dar conta dela. O único problema era que eu definitivamente não podia abençoar nada, sendo um semideus, portanto tentar consertar era a única coisa que estava em meu alcance.

— Eu mesmo — acabei recebendo um cliente que procurava por mim, e cara, como isso foi um alívio.

Tendo um serviço em mãos, podia enfim largar aquele maldito rádio de lado e me ocupar com algo que eu pudesse resolver. O mais novo pedido era um tanto quanto peculiar, devo dizer. Para começar, o cliente era romano, o que inevitavelmente alimentou meu ego, afinal, o rapaz tinha saído lá do outro lado do país só para requisitar meus serviços (ou pelo menos era o que eu preferia acreditar, né). A arma, por sua vez, também não ficava para trás no quesito surpresa. Eu nunca nem tinha visto um tridente de verdade pessoalmente, quem dirá então tocar. E, por mais surreal que pudesse parecer, eu não só ia tocar como também desmontar e mudar quase tudo.

— Tá legal, vou precisar de pelo menos uns três dias para isso — comentei, aceitando o pedido, e dando início a ele assim que o legionário partiu.

A medida inicial era, como de costume, estudar todos os detalhes do item. Eu precisava saber com o que estava lidando, ou poderia acabar comprometendo todo seu funcionamento por algo bobo. Diferente do último serviço que peguei, um chicote de rosas, o tridente não apresentava nenhum mecanismo secreto ou algo do tipo, pelo contrário. Sua superfície era limpa e simples, e as pontas também, de maneira a facilitar meu entendimento e o trabalho que poderia vir a ter. — Supimpa, vamos começar isso.

Comecei então pelas lâminas, já que trabalhar com metais era sempre mais demorado e complicado. Acendi a fornalha e abri as janelas, para dar escapamento para fumaça, enquanto retirava as pontas do tridente. Foi necessário que eu quebrasse estas, pois não eram encaixáveis. Na verdade, não faço ideia de onde eu tirei essa ideia de que poderia haver algo de encaixe em armas. Já que parando para pensar, se tivesse, as chances de se soltar no meio do combate seriam mais reais, e ninguém arriscaria manusear um item assim. Seja como for, não demorei até por as mãos no vibranium, o qual tinha sido recentemente comprado por mim, considerando sua alta no mercado de vendas.

Enquanto o metal derretia no fogo, eu peguei os moldes das pontas do tridente para poder replicar posteriormente. Logo em seguida, comecei a trabalhar malhando o material até lhe dar a forma correta. Era estranho porque as pontas em questão eram grossas, portanto, simplesmente bater na placa de metal contra a bigorna não bastava. Considerei preencher algum recipiente montável, assim como os pilares de construções são feitos, e bem, não deu muito certo na primeira vez. Isso porque eu tinha construído a embalagem de maneira mal feita, então quando o vibranium se solidificou, não consegui desencaixa-la para o pegar. Ou seja, quebrei aquilo e perdi uma quantidade considerável do material, que não era barato não, por sinal.

— Agora vai — eu já conseguia sentir os pingos de suor escorrer pela minha testa ao fim do dia, conforme tentava pela sexta vez dar forma à minha ideia.

Naquela mesma noite, deixei mais um pouco de vibranium esfriar novamente em um dos recipientes, na esperança de na manhã seguinte obter sucesso. Claro, cheguei todo desanimado, porque o que eu tinha de mentiroso também tinha de negativo. Entretanto, para minha surpresa, tinha dado certo. Consegui abrir as laterais e pegar com as mãos uma ponta de tridente grossa o suficiente para se fazer impressionar. Aquilo acabou me animando, e quando vi, já tinha me apressado para fazer as outras. Meu coração parou por um instante quando percebi que, por conta das tentativas frustradas de antes, tinha acabado com quase todo o estoque do material. Por sorte, e põe sorte nisso, deu para completar as lâminas, que, mesmo eu sendo suspeito para falar, ficaram ótimas.

— Vou precisar de um martelo novo — sussurrei, ao ver que tinha danificado meu instrumento de trabalho ao lidar com aquele metal.

O restante daquele do segundo dia foi dedicado a dar uma repaginada no item. Eu sempre gostei de pintar minhas criações, mas já recebi muitas críticas negativas quanto às minhas escolhas de cores. Assim, para evitar estragar algo que não era meu, me ative às observações do campista romando. Nunca fui muito fã de verde não, mas até que o cabo ficou bonito com a paleta desta cor. Até o espaço para gemas - que pareciam ser a nova moda entre os semideuses - deixei, para que meu cliente ficasse ainda mais satisfeito com o serviço. Faltava só fazer os entalhes detalhados, conforme também requisitado, e, ao fim daquela jornada de trabalho, poderia ter ido deitar a cabeça no travesseiro tranquilo de que tinha terminado. Mas, como sempre, não foi bem assim.

Na manhã seguinte, fui ajeitar o tridente, mas por ele estar parado, já que eu tinha recém implementado as novas lâminas, tinha voltado à sua forma de caneta. Foi só ai que me lembrei do pedido do rapaz, que também incluía transformar a caneta em um anel. Honestamente, eu fiquei bem estressado com aquilo. Em partes por não entender qual a necessidade disso (uma caneta é bem mais irada que um anel), mas mais ainda por estar lidando com feitiços, o que saía de minha área. Eu não podia simplesmente pegar outro objeto e o encantar para se transformar no tridente, porém, podia mudar a caneta, que parecia ser o mais fácil.

Com isso em mente, comecei a reforja do item básico. Ok, dramatizei um pouco porque não foi tão difícil assim. Mas foi trabalhoso, e muito. Detesto lidar com coisas pequenas, e um anel é pequeno, né? Pelo menos do tipo que se coloca no dedo, mas enfim. Acabei demorando um bocado naquilo, e quando me toquei, Gerrard já estava batendo à porta, na expectativa de pegar seu pertence.

— Er, então... — tive que enrolar pedindo mais um dia de prazo, porque não tinha condições de entregar daquele jeito.

Quando testei, as lâminas ainda estavam mal fundidas ao cabo, então precisei de mais algumas horas no processo, batendo com o martelo danificado no metal. Vibranium é muito mais resistente que os outros materiais, o que explicava sua resistência natural à ser modificado. Só que, para seu azar, nada se mantém intacto nas mãos de um filho de Hefesto por tanto tempo. Então, finalmente, no quarto dia pude devolver o tridente para seu real dono, agora completamente refeito e estilizado.

— Mas tem certeza de que não quer a garantia estendida?


• Atlantis Piercer [Um tridente de um metro e setenta centímetros de comprimento feito de metal no cabo, com uma coloração esverdeada que lembra o azul esverdeado das profundezas do oceano. Curiosamente, no escuro, a arma brilha levemente iluminando a área ao seu redor. Empunhado por outra pessoa, tende a tornar-se extremamente pesado.| Efeito 1: Quando entra em contato com a água, a arma toma uma consistência gelatinosa, sendo assim possível triplicar seu tamanho durante um ataque (ao aumentar o tamanho, torna-se sólida). | Efeito 2: Enquanto não utilizada, transforma-se em eu um anel do mesmo material principal. Uma pequena pedra safira é seu ornamento principal, reluzindo entre seu tom natural e o mesmo verde da arma. | Efeito mecânico: A arma sempre irá retornar para o dono, aparecendo ao seu lado; | Vibranium | Gemas, se a arma possui algum espaço para gemas, ou tem alguma delas presente em sua lamina, deve estar descrito aqui | Resistência: Super Alfa | Status: 100% | Classificação de item, se é comum, lendária, mágica ou etc | Forjado por Max P. Caldwell]

Habilidades Passivas Utilizadas na Forja: