Sendo um espaço amplo e clean na área das forjas, conta com certo requinte e toques ora rústicos, ora modernos por toda a sua extensão. O piso é feito de madeira e aço patinável, ambos num tom mesclado de marrom e ferrugem, responsáveis por passar um ar confortável e destacar as paredes de cor creme — as quais, por sinal, estavam decoradas com inúmeros "altares" para armas diversas, em sua grande maioria machados e martelos.

Ainda na área de espera e atendimento, redes de corda atavam-se ao teto e seguravam esferas metálicas com luzes de led (grandes responsáveis pela iluminação do ambiente), também chamando atenção para o teto revestido de uma estrutura com o mesmo aço que compunha o piso e, além dele, placas de policarbonato. Por ser meio transparente, o teto real ficava parcialmente à mostra, dando um tom esbranquiçado ao revestimento.

Quanto à mobília em si, não era muita. Poltronas confortáveis enfileiravam-se às paredes laterais, todas com tablets acoplados a si; tanto com tutoriais sobre materiais, armas e efeitos diversos, quanto com vasto entretenimento para o caso do cliente optar por esperar seu pedido ficar pronto. Quase no fim da sala de espera, de frente para portas duplas, um balcão metálico geralmente servia de apoio para Chloe (dona da forja), sendo ali o local em que atendia seus clientes e anotava os pedidos.

Ao se passar pelas portas, o local da mágica realmente se mostrava. Era mais escuro e rústico do que o restante do ambiente, muito embora o piso e o teto fossem os mesmos. A iluminação ali também era menor. A bagunça feita com materiais e utensílios, além da fuligem que parecia se apegar a qualquer milímetro do espaço, eram um claro sinal de que ali havia conforto e cara de lar. Porque realmente era.



1. A taxa de custo segue a base do valor dos materiais + meu trabalho de forja, portanto não deixe de conferir a loja de materiais para consultar a base dos preços. O valor final, como será dito mais abaixo, é combinado através de MP (ou chatbox, se der sorte).

2. Tenha em mente o que eu posso ou não fazer aqui, a depender do meu nível atual. Itens de cunho mágico também não podem ser feitos por mim aqui na forja; para isso, recomendo algum laboratório, onde pode-se incrementar com encantamentos ou mesmo fabricar objetos mágicos.

3. Para que seu pedido seja atendido, basta postar abaixo a ficha seguindo o modelo aqui pré-estabelecido. Não é necessário que poste em on game, mas peço que primeiramente preencha todos os campos devidamente e combine o preço comigo via MP. A título de organização, em casos de pedidos de mais de um item, fazer uma ficha para cada solicitação. Elas podem ser postadas juntas, numa mesma mensagem, mas peço que divida (preencha o código para cada item separadamente) para não confundir. Segue a ficha:

Código:

<center><div style="width:560px;font-family:tahoma;font-size:12px;color:#696969;text-align:justify;">[b]— Nome:[/b] Nome do item;
[b]— Material:[/b] Qual ou quais materiais você quer no item (consulte a loja!);
[b]— Descrição:[/b] Detalhe ao máximo seu requerimento, para que não haja erros na descrição. Caso consiga encontrar imagens ilustrativas, facilita muito (e nesse caso você só descreve detalhes que vão além da imagem; caso não haja, complementos são dispensáveis);
[b]— Efeitos:[/b] Coloque aqui os efeitos da arma requerida, caso assim deseje;
[b]— Extras:[/b] Insira aqui qualquer observação ou adendo que não se encaixe nos outros campos;
[b]— Valor previamente combinado:[/b] Aqui vem o valor combinado anteriormente por MP.</div></center>

Como de praxe em sua forja, Chloe havia recebido um pedido que não era bélico. Na verdade, parecia muito mais sentimental: eram dois anéis feitos de prata, com sensores de batimento cardíaco interligados.

A garota não estranhou. Na verdade, enquanto agrupava os materiais necessários, até mesmo soltou risinhos. Sabia que seu empenho ali renderia um pouco de felicidade para os compradores.

Ela colocou a prata sobre um recipiente de metal maciço e pegou seu maçarico, logo colocando também os óculos de proteção. Assim que ligou o instrumento e o posicionou sobre o metal, o viu ficar cada vez mais incandescente, a ponto de passar a arder em chamas à medida que ela o esquentava.

Quando derretido, a garota despejou a prata num molde retangular bem gélido, visando esfriar o metal e solidificá-lo novamente. Enquanto aguardava que ele ficasse rígido, foi em direção às suas máquinas e as calibrou no tamanho certo, preparando-se para afinar o que num futuro próximo seriam anéis.

Quando pegou o retângulo de prata, colocou-o na prensa. Quando fino o suficiente, a garota levou o material para ser medido e cortado.

Sabendo que precisaria dos tamanhos dos anéis com antecedência, cuidou de colher os tamanhos. Assim sendo, os mediu com a ajuda de uma régua e marcou o metal, logo usando sua serra para cortá-lo.

Depois de cortado, a garota o fez passar novamente pela prensa, desta vez para ficar com aspecto mais apresentável. Assim que o terminou, entortou o metal cortado até que formasse um círculo, tomando o cuidado de levá-los de volta ao maçarico para que fossem soldados por completo.

Enquanto os colocava na água fria, pegou sua lixa e suas ferramentas de entalhe. Precisava daquilo para os detalhes finais: afinar, polir e entalhar os anéis de prata.

Ela partiu do acabamento. Afinou os anéis até que estivessem no grau certo, logo usando o outro lado da sua lixa para deixar o metal com aspecto brilhoso novamente. Depois disso, ergueu sua última ferramenta daquela parte.

Começou a fazer entalhes de batimentos cardíacos, ora os colocando mais abaixo, ora os colocando mais acima. Teve o cuidado de deixar os entalhes num completo baixo relevo, e ainda pegou um pincel finíssimo para pintar a parte de dentro com um prata mais fosco.

Terminado isso, ela passou para sua mesa de construtos com os anéis. Colocou-as sobre a mesa e uniu as mãos sobre elas, fechando seus olhos por um momento. Enquanto o fazia, rezava:

— Pai, Hefesto, deus das forjas… Sei que não converso muito com você… Ou você comigo… Mas eu posso sentir que olha por mim e por meus meios-irmãos. Então te peço agora que me abençoe com seus dons de forja, que me permita criar este item de acordo com o pedido da compradora: que ele seja equilibrado aos batimentos cardíacos do portador, e que os entalhes representem isso com oscilações. Sei pode ser um pedido tolo, pai, mas é importante para quem pediu, e para mim, por estar forjando… em seu nome…

Assim que terminou sua oração, sentiu um brilho especial nos anéis. Experimentou colocar uma delas no dedo anelar, que por um milagre encaixou perfeitamente. Segundos depois, pôde ver os entalhes oscilando de acordo com seus batimentos cardíacos, para a felicidade da forjadora.

— Obrigada! — exclamou enquanto retirava o anel e guardava ambas numa caixinha, esperando que a compradora aparecesse para resgatá-la.

Aproveitando a prata restante, ela ainda ligou sua fornalha, logo colocando a prata para ficar incandescente. Quando o fez, pegou o metal com seu alicate e o colocou sobre a bigorna, já o martelando para que passasse a tomar forma. Era um trabalho árduo e trabalhoso, mas que no fim dava resultado.

Quando a lâmina já estava reta, depois de muitos turnos de esquentar, moldar, esfriar e repetir o processo, ela esfriou de vez a prata e a levou para ser lixada. Passou na lixa mecânica por bons minutos, até que o metal estivesse bem trabalhado.

Levando para a pedra afiadora, preparou os dois gumes da arma, deixando-a afiadíssima. Ainda a levou de volta para a fornalha, deixando por alguns minutos para a lâmina ter sua temperatura elevada mais uma vez.

Quando achou estar boa o suficiente, colocou-a de volta na água fria e voltou a afiá-la.

Estando de bom tamanho, foi para o cabo da arma.

Pegou o restante da prata e derreteu mais uma vez, logo voltando a moldá-la com o martelo de forja sobre a bigorna. Quando estava quadrado o suficiente, depois do mesmo processo de esquentar, bater, esfriar e repetir tudo foi concretizado, levou o cabo para tomar forma arredondada, usando a lixa mecânica.

Depois disso, fez o furo necessário para encaixar a lâmina. Quase esqueceu da guarda, mas aproveitou que parte do metal do cabo ainda estava por ali, por isso o utilizou rapidamente. Depois de moldá-lo e lixá-lo, uniu ao restante da arma, tomando o cuidado de prender bem tudo, para que não ficasse mal encaixado. Por último, revestiu o cabo com couro negro, visando um melhor maniseio.

Para dar acabamento na lâmina, a levou de volta à lixa para afinar a ponta, de forma que a base ficasse mais espessa. Não bastando isso, havia tomado o cuidado de fazê-la no formato Hollow Ground, em que a lâmina toma um formato de um quase diamante, mas mais curvo e perigoso para os oponentes da arma.

Ainda no acabamento, utilizou suas ferramentas de gravação para escrever runas por toda a lâmina, também pintando-as com minúcia e detalhismo. Na base, ainda lembrou de gravar “Yang”, embora não soubesse ao certo por que o fazia. De certa forma, sabia que aquele seria o nome da arma.

Ela sorriu para si própria, vendo as duas peças terminadas.

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